Universidade Portucalense – Infante D. Henrique

Universidade Portucalense Infante D. Henrique is a cooperative higher education and scientific research establishment

destaques maio 2022

destaques maio 2022

Escolas em Mudança

Num contexto educativo em mudança, a Universidade Portucalense convidou psicólogos, que colaboram com escolas e têm um contacto próximo com os alunos, a participar na formação “Escolas em Mudança: Ajudar a Construir Futuros”, no dia 18 de maio Esta atividade reuniu cerca de 20 psicólogos que diariamente atuam nos Serviços de Psicologia e Orientação de vários estabelecimentos de ensino na zona norte do País. No primeiro workshop dinamizado por Ana Xavier e Paula Vagos, docentes do Departamento de Psicologia e Educação, foram utilizadas metodologias de ensino ativas para expor os conteúdos referentes às funções das emoções, à forma como se desenvolvem e como este desenvolvimento pode ter sido condicionado pela pandemia. Por fim, Alexandra Araújo, diretora do Departamento de Psicologia e Educação, promoveu uma discussão e análise centrada nas competências de exploração, planeamento e gestão de carreira dos participantes.

Docente lança livro sobre Direito Bancário e dos Valores Mobiliários

A docente Maria Emília Teixeira, do Departamento de Direito, acaba de lançar o livro “Temas de Direito Bancário e dos Valores Mobiliários”, com a chancela da Almedina. A obra aborda e desmistifica temas de Direito Bancário e dos Valores Mobiliários, contribuindo para um nível superior de literacia financeira, dando ao leitor a possibilidade de conhecer a evolução da doutrina e jurisprudência destes ramos do Direito. “A relevância crescente do Direito Bancário e do Direito dos Valores Mobiliários para os cidadãos motivou o aprofundamento da investigação científica nestes dois ramos do Direito, através do projeto de investigação ‘Regulação e Literacia Financeira’, integrado no Instituto Jurídico Portucalense”, justifica Maria Emília Teixeira, Esta obra surge também na sequência do Curso de Pós-Graduação em Direito Bancário e dos Valores Mobiliários, coordenado pela autora, e que conta com um corpo docente altamente diversificado.

Exposição de Henrique Silva patente até 30 de junho

“Somos o que vemos e sentimos: Entre o físico e o virtual, é aquele não lugar onde Henrique Silva nos solta para dialogarmos com as suas obras e acordarmos nelas novas e múltiplas vidas, paralelas, enlaçadas, provocadoras e também antagónicas.”  Esta é a proposta da Exposição “Entre o Físico e o Virtual”, do artista plástico Henrique Silva, que estará patente até 30 de junho, no Átrio do Infante, e cuja inauguração aconteceu no dia 18 de maio com a presença do artista plástico. Nesta exposição podem ser descobertos as seguintes obras: Holograma 3D-360 (2017), Holograma Espelho (2019), Homem Som (2012), Catedral do Ego (2013), Pedala para Veres (2018), Manequins (1998) e Mediterrâneo (2016). Henrique Silva, docente da Licenciatura em Multimédia e Artes da Universidade Portucalense, é licenciado pela Université de Paris 8 em Artes Plásticas para o Ensino e Doutorado em Media Arte Digital pela Universidade Aberta. É um dos pioneiros da Vídeo Arte em Portugal. Realizou mais de 50 exposições individuais em França, Espanha, Bélgica, Suíça, Brasil e Portugal.

O Poder dos Museus a Norte

“O Poder dos Museus a norte” foi o mote de uma conversa, no dia 20 de maio, para comemorar o Dia Internacional dos Museus, uma data que desafiou à promoção da sustentabilidade, à inovação através da digitalização, à  acessibilidade e à construção comunitária através da educação.   “Os museus são registos poderosos do nosso passado, pois conseguem ensinar e transmitir memórias fundamentais para a compreensão dos dias de hoje e para a construção de um futuro melhor, sendo, por isso, essencial garantir a sua preservação e divulgação junto das comunidades”, sublinhou Fátima Matos Silva, moderadora do debate e coordenadora do programa Cultura@Portucalense. A análise dos pontos essenciais da origem do poder nos museus, os museus do World of Wine, o projeto de transformação do Museu Nacional Soares dos Reis numa praça de convívio, a criação de rotas em torno de Camilo Castelo Branco e o vasto património e os projetos em torno dos Santeiros de S. Mamede do Coronado, foram os temas abordados por Laura Castro (Direção Regional de Cultura do Norte), Andreia Esteves (WOW – World of Wine), Patricia Remelgado (museóloga), António Ponte (Museu Nacional de Soares dos Reis), Isabel Borges (Escola Superior de Tecnologias de Fafe), Célia Machado (Casa de Camilo) e José Manuel Tedim (Universidade Portucalense).

Portucalense em projeto de investigação internacional de Arquitetura

O docente Gilberto Duarte Carlos, docente da Universidade Portucalense e investigador associado do projeto europeu “VerSus Plus: Heritage for People”, apresentou a comunicação “Learning through Vernacular Heritage: a critic approach in Architecture teaching”, na Sardenha, Itália. Nesta ocasião, Gilberto Duarte Carlos sintetizou e refletiu sobre os processos e exercícios desenvolvidos no Mestrado Integrado em Arquitetura e Urbanismo e os benefícios pedagógicos identificados no processo de formação dos futuros arquitetos.  Entre fevereiro e abril de 2022, os parceiros do projeto, coordenados pela Universidade de Cagliari e pela Universidade da Universidade de Florença, desenvolveram o workshop “Património, Sustentabilidade e Jogos: O caso de Calasetta”. Este workshop permitiu aos estudantes desenvolver competências de análise, compreensão, interpretação e comunicação dos valores do património territorial, urbano e arquitetónico, para a criação de um jogo digital interativo, tendo Calasetta como estudo de caso e experimentação. No âmbito da disseminação e divulgação do projeto, nomeadamente da metodologia e abordagem operativa desenvolvida, que visa o reconhecimento e incorporação do saber associado ao património construtivo vernáculo na arquitetura contemporânea, o evento foi concluído por uma conferência realizada no Museu de Arte Contemporânea da Calasetta. O próximo evento público associado ao Projecto VerSus Plus ocorrerá em Valência, Espanha, em Setembro, e estará articulado com a reunião anual do Comité Internacional da Arquitetura Vernácula do ICOMOS internacional, no qual a UPT estará representada novamente.

A Tecnologia no Espaço Urbano

Catarina Selada, Dan Hill e Robert Martin analisaram a aplicação da tecnologia no espaço urbano, quando o espaço público se torna “high-tech” e as cidades são mais inteligentes, no âmbito do ciclo “The Future Design of Streets”, no dia 4 de maio. Para Robert Martin, arquiteto e investigador australiano a viver em Copenhaga, o paradoxo e os dilemas das novas tecnologias também se aplicam aos ambientes urbanos sustentáveis. Nesse sentido, sustenta: “As cidades já eram sustentáveis ​​antes da tecnologia, depois inventou-se a tecnologia para torná-las insustentáveis e, agora, está-se a tentar reescrever a história com nova tecnologia”. Defende que “a tecnologia e os dados isolados não nos podem levar mais longe”. Acredita, sim, na “necessidade de mudança cultural e de mudança de comportamento” para uma mudança efetiva na sustentabilidade das cidades. Já Catarina Selada, do Centro de Engenharia e Desenvolvimento do Produto (CEiiA), sublinhou a importância de “um olhar amplo e interdisciplinar sobre os desafios da vivência e da mobilidade nos espaços urbanizados”. Para a especialista: “Não é só a tecnologia, não é só o espaço físico, importa também o comportamento dos indivíduos e dos grupos no desenvolvimento e integração de novos modelos de mobilidade urbana”. No âmbito do desafio da descarbonização nas cidades, Catarina Selada apresentou o AYR, a plataforma de sustentabilidade baseada em ‘blockchain’, que recompensa as pessoas e comunidades por não emitirem CO2 – em vez de as fazer pagar pelas suas emissões.   Por último, Dan Hill, a trabalhar na agência de inovação do governo sueco, apresentou uma abordagem experimental na área da mobilidade, através da prototipagem de soluções de estacionamento que podem ser adotadas em todo o país.  Sobre a importância de se fazer boas ruas, Dan Hill enfatizou: “As ruas são sobre a cultura e, indiscutivelmente, sobre a natureza, e depois há a engenharia. Precisamos de entender como a água, a energia e a meteorologia fluem, é claro, mas não fazemos a rua para fazer engenharia. Fazemos ruas para fazer a cidade e para fazer cultura”, concluiu. O ciclo de conferências “The Future Design of Streets” termina no dia 1 de junho com o webinar “Learning from yesteday” com Vítor Oliveira, Conrad Kickert e Andreia Garcia. Esta é uma iniciativa organizada pelo Departamento de Arquitetura e Multimédia Gallaecia da Universidade Portucalense, em conjunto com a Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho e o Grupo Morfologias e Dinâmicas do Território do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.

O impacto da Inteligência Artificial

A 6ª edição da Virtual Week, dedicada ao tema da Inteligência Artificial, teve como oradores convidados Paulo Cortez, Mário Figueiredo e Ana Paiva, investigadores reconhecidos na área de ‘Computer Science’ que figuram nos primeiros 20 lugares do ranking Research.com. Paulo Cortez, Professor Catedrático do Departamento de Sistemas de Informação, da Universidade do Minho, fez uma abordagem da Inteligência Artificial vocacionada para os sistemas de apoio à decisão, exemplificando com projetos que desenvolveu. Mário Figueiredo, Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, abordou os aspetos históricos, as aplicações e as implicações da Inteligência Artificial, numa perspetiva não só histórica, como de previsão do seu impacto na sociedade.  Por fim, Ana Paiva, Professora Catedrática do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, centrou a sua apresentação e posterior discussão na Inteligência Artificial Social. As três sessões, que decorreram entre 10 e 12 de maio, relevaram que a Inteligência Artificial “é transversal às várias áreas do conhecimento, extratos sociais e faixas etárias, porque apresenta frequência elevada na comunicação social e desperta amor e ódio em função dos benefícios ou malefícios, que provoca em cada indivíduo”, considera o moderador Fernando Moreira, Professor Catedrático da Universidade Portucalense.

O futuro pelo olhar de Jim Kusose

“New trends in computer networks” foi o tema que Jim Kurose, Professor Distinto da Universidade de Massachusetts Amherst, trouxe à primeira ‘talk’ virtual do ciclo “Touching the future with…”, no dia 19 de maio. Especialista em redes de computadores, Jim Kurose abordou questões técnicas relacionadas com a ampla oferta de serviços que utilizam a infraestrutura de rede, como o ‘streaming’ e a ‘cloud computing’, exemplificando com os casos de estudo da Netflix e da Google. O coautor do livro best-seller “Computer Networking: a Top Down Approach” falou também das implicações das novas tecnologias, como a Inteligência Artificial, a Internet das Coisas, os veículos autónomos ou a robotização. A sua intervenção teve uma forte adesão da audiência, em particular dos estudantes das licenciaturas de Informática e de Engenharia Informática, que interagiram entusiasticamente.  “Touching the future with…” é um novo ciclo de sessões, dinamizado e moderado por Fernando Moreira, Professor Catedrático da Universidade Portucalense, que visa divulgar desde tópicos avançados de ciência até temas societais.

“A Saúde é um investimento e não um custo”

“A pandemia demonstrou que a Saúde deve ser um investimento e não um custo”, começou por defender o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, no Ciclo de Seminários “Os Caminhos da Humanidade”, no dia 13 de maio. Miguel Guimarães alertou que “Portugal é o segundo país da Europa, a seguir à Hungria, com a percentagem mais elevada de necessidades de saúde não satisfeitas”, nos últimos dois anos, evidenciando a concentração da atuação do Serviço Nacional de Saúde no combate à doença da Covid-19. Para o bastonário, estes números revelam que a resposta à crise sanitária teve um “efeito dramático” na saúde dos portugueses, ao impactar no adiamento de cuidados hospitalares, cirurgias, consultas e rastreios. “A prevenção da doença, a promoção da saúde e do diagnóstico ficaram por fazer”, notou Miguel Guimarães, que criticou ainda a “opção política” de colocar os médicos de família no acompanhamento aos doentes diagnosticados com o coronavírus. O bastonário prevê que “se o Governo não alterar as condições dos profissionais de saúde, como a remuneração salarial e as condições de trabalho, vai perder um número considerável de médicos e enfermeiros, que vão sair de Portugal à procura de melhores oportunidades”. Identifica como urgente “diminuir as tarefas administrativas e burocráticas dos médicos, que representam entre 30 a 35% da sua jornada de trabalho, e que podem ser entregues a trabalhadores administrativos”. Considera que o Plano de Recuperação e Resiliência “pode ser importante, se for bem feito, mas pode ser uma desgraça se for mal feito”, e propõe “um debate capaz de mobilizar a sociedade civil e os responsáveis políticos para a transformação do setor da saúde, com base nas lições aprendidas com a pandemia”.

Metadados: Joana Marques Vidal admite “bastante litigação” nos tribunais

Joana Marques Vidal, ex Procuradora Geral da República, abordou o tema “O difícil equilíbrio entre a segurança e a privacidade”, no Ciclo de Seminários “Os Caminhos da Humanidade”, no dia 27 de maio. Para a magistrada, a declaração de inconstitucionalidade das normas da lei dos metadados pelo Tribunal Constitucional irá levantar “alguma litigação ou bastante litigação nos tribunais portugueses, mas não irá afetar os casos julgados”. “Como já foi dito, casos julgados não serão afetados mas há sempre a possibilidade de, eventualmente, poderem em recursos de revisão vir alegar a inconstitucionalidade de normas da chamada lei dos metadados”, argumentou. No entender de Joana Marques Vidal: “Os tribunais irão julgar, irão apreciar caso a caso e mesmo relativamente aos outros casos a questão da proporcionalidade da utilização e a possibilidade, ou não, destes meios de obtenção de prova, em conjugação com outros, foram ou não determinantes naquela que foi a condenação ou investigação criminal fará toda a diferença”. “Pressuponho que venha a aumentar a litigação mas os tribunais respeitam as decisões dos tribunais e têm que exercer as suas funções de acordo com a lei”, salientou. O Tribunal Constitucional, em acórdão de 19 de abril, declarou inconstitucionais normas da chamada lei dos metadados que determinam que os fornecedores de serviços telefónicos e de internet devem conservar os dados relativos às comunicações dos clientes – entre os quais origem, destino, data e hora, tipo de equipamento e localização – pelo período de um ano, para eventual utilização em investigação criminal. A chamada lei dos metadados, de 2008, transpôs para o ordenamento jurídico nacional uma diretiva europeia de 2006 que, entretanto, o Tribunal de Justiça da União Europeia declarou inválida, em 2014. Invocando o primado do direito europeu e a Constituição, a Comissão Nacional de Proteção de Dados decidiu em 2017 “desaplicar aquela lei nas situações que lhe sejam submetidas para apreciação”.

Voltar ao topo