Universidade Portucalense – Infante D. Henrique

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Abrir o espaço público ao lazer e ao desporto

Como abrir o espaço urbano ao lazer, ao desporto e à interação social? Esta foi a questão que abriu a segunda sessão da 4ª edição do Webinar Series “the Future Design of Streets” no dia 15 de fevereiro.

 

Cidália Silva, arquiteta e investigadora, partilhou um estudo desenvolvido por estudantes num bairro do concelho de Guimarães, que teve como objetivo compreender a acessibilidade à sua escola. Através de caminhadas, visitas ao local, palestras, debates, desenhos, os alunos conseguiram destacar as importantes áreas lúdicas e comunitárias, compreendendo também as áreas de risco, como a principal via rodoviária de acesso e o rio.

 

Cidália Silva realçou que “brincar significa ter direito à rua de antemão, direito à proteção contra as intempéries, incluindo chuva e sol quente de verão”, alertando que “a experiência do espaço físico está a diminuir, enquanto o digital se expande”. Sustentou que “as crianças são cada vez mais prisioneiras de espaços muito estreitos”, tendo “as comunidades, os políticos e académicos responsabilidades”.

 

Devolver o direito à atividade física aos cidadãos foi o mote da apresentação de Laska Nenova, gestora de projetos urbanos. Apresentou o “Parking Day for Fitness”, um equipamento que promove a atividade física e a interação social e se destaca por poder ser aplicado em qualquer espaço público. “O objetivo é criar uma abordagem e uma ferramenta fáceis de implementar, de modo a ser realizada e usada por qualquer pessoa, desde o professor, à organização desportiva ou o aluno”, esclarece Laska.  O arquiteto José LLopis abordou o exemplo do Município de Valência que desenvolveu, juntamente com várias associações locais, um plano para melhorar “o caminho de casa até à porta da escola”. Considera que este projeto, sempre aberto a explorar novas alternativas, promove uma nova atitude em relação ao desenho das ruas e exortou “os autarcas a andarem mais na rua, para perceberem melhor como as ruas funcionam no dia-a-dia, nas suas várias possibilidades de vivência”. Esta sessão, moderada pelo investigador Daniel Casas Valle, mostrou várias abordagens de design de ruas: “Algumas podem ser implementadas diretamente, outras ideias exigem mais tempo. Com certeza podemos ver as ruas também como espaço para brincar e praticar desporto. Para melhorar as ruas para esse fim, é importante reconhecer essas atividades para futuros projetos de ruas”, concluiu Daniel Casas Valle.

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