Universidade Portucalense – Infante D. Henrique

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A Transformação Digital como impulso para o crescimento económico

O docente Júlio Faceira foi um dos oradores convidados do “Tomorrow Summit”, um evento de inovação e tecnologia, organizado pela Federação Académica do Porto com o apoio da Universidade Portucalense, que reuniu decisores políticos, investigadores, empresas e instituições de Ensino Superior para debater sobre temas urgentes da sociedade, nomeadamente aqueles que marcam a agenda dos objetivos da estratégia Portugal 2030.

No dia 26 de novembro, no Pavilhão Rosa Mota, Júlio Faceira falou da “Transformação Digital como impulso para o crescimento económico, onde defendeu “a urgência de Portugal melhorar a sua competitividade num contexto de intensa e feroz concorrência global, fortemente influenciada pelas alterações climáticas, pela evolução da ciência, pelo surgimento de novas tecnologias, pela disrupção induzida pelos modelos de negócio, pela crescente insuficiência de algumas matérias-primas, pela rotura das cadeias de abastecimento, pelo imprevisível aumento do custo dos fatores de produção, que agravam as desigualdades sociais, provocam profundas e dramáticas alterações do mercado, dos produtos, das relações entre os diferentes atores das cadeias logísticas, da relação com os consumidores”.

No seu entender, essa transformação exige “uma profunda transformação digital, não apenas das empresas, mas também da Administração Pública”.

Alertou que a Transformação Digital “não pode ser confundida com a Digitalização dos Processos” e que “as tecnologias que o 5G potenciará, como a Inteligência Artificial, a Internet das Coisas, a Realidade Aumentada, o Blockchain, a impressão 3D, são um excelente instrumento, mas sem a intervenção das pessoas, não permitirão a reinvenção do funcionamento da Administração Pública, nem o desenho de novos modelos Organizacionais, nem a criação e o desenvolvimento de novos modelos de negócio”.

Realçou que a Transformação Digital “é uma realidade incontornável, devendo ser assumida como o motor da necessária transformação do país, respeitando o Pacto Ecológico Europeu e a vontade da Europa se transformar industrialmente”, e que “as Universidades assumem um inegável e insubstituível papel não apenas na promoção, mas também na execução da Transformação Digital”.

Quando a investigação do 6G avança, defende que “Portugal tem de acelerar a sua Transformação Digital, quer da Administração Pública quer do tecido empresarial, antecipando ciclos de inovação mais curtos, inovações mais disruptivas, aumento da quantidade dos robots e dos cobots nas empresas, reinvenção dos produtos, incremento substancial da conetividade e, particularmente, novos modelos de gestão, novas estruturas organizacionais, novas profissões e novos modelos de negócio”.

“Sem Transformação Digital, não duvida que Portugal perderá a competitividade internacional, afastar-se-á das economias do norte e centro da Europa, aumentará a pobreza da sua população e incrementará a dívida aos seus credores”, concluiu.

A Transformação Digital como impulso para o crescimento económico
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