Nos dias 8 e 9 de abril, o Instituto de Defesa Nacional, em parceria com a Universidade Portucalense, organizou o “IDN Jovem”, um evento orientado para estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento.
O Tenente Coronel Jorge Rodrigues abordou as tendências da geopolítica, nomeadamente a tensão entre os Estados Unidos da América, Rússia e China, e fez um exercício de prospetiva da evolução da geopolítica, tendo em consideração os avanços tecnológicos na área da Inteligência Artificial, que “aceleraram os processos em todas as áreas, onde se inclui também a política internacional”.
Sublinhou que “as economias asiáticas têm um potencial de crescimento enorme, perspetivando-se que, nos próximos 50 anos, as principais economias do mundo estejam localizadas na Ásia e que as economias africanas surjam nos lugares cimeiros, caso a Europa não reaja de forma assertiva”.
Enfatizou que “a Inteligência Artificial terá uma capacidade de poder decisório, até agora nunca visto, o que poderá alterar radicalmente a paisagem geopolítica”, antecipando que “as rivalidades possam conduzir a um decoupling tecnológico, que se traduzirá no uso da tecnologia produzida pelas potências aliadas, conduzindo a uma cisão e bifurcação tecnológica”.
Concluiu a sua apresentação com um exercício prospetivo do que poderá ser o cenário político futuro, tendo a União Europeia, a seu ver, um “papel de regulamentação de vital importância, mas que também poderá ser um problema se os demais parceiros não optarem por essa via”.