Universidade Portucalense – Infante D. Henrique

Universidade Portucalense Infante D. Henrique is a cooperative higher education and scientific research establishment

Hotel-Escola consolida aprendizagem prática

A reabertura do Hotel-Escola, no dia 4 de dezembro, consolida a sua importância na aprendizagem prática da Licenciatura em Gestão da Hospitalidade. Em entrevista à “Comunica UPT”, a docente Thamires Foletto Fiuza sublinha o contributo desta iniciativa para o desenvolvimento de competências profissionais essenciais.

De que forma o Hotel-Escola contribui para o desenvolvimento prático das competências dos estudantes?

O Hotel-Escola desempenha um papel central na formação prática dos estudantes. A Hotelaria é um setor eminentemente operacional, que exige não apenas competências técnicas, mas também capacidade de tomada de decisão, pensamento ágil e adaptação a contextos reais. No Hotel-Escola, os alunos têm a oportunidade de vivenciar o quotidiano da profissão, simulando processos reais, refletindo sobre procedimentos, tempos de execução e enfrentando desafios semelhantes aos que encontrarão no mercado de trabalho. 

Quais as atividades que foram desenvolvidas e qual a sua relevância pedagógica?

Nesta edição, os estudantes foram responsáveis pelo planeamento e operacionalização do hotel, desde a definição do conceito até à execução da inauguração. Definiram a temática, o nome do hotel, missão, visão e valores, bem como aspetos operacionais fundamentais, como a estrutura departamental, os procedimentos e os serviços a oferecer ao cliente. Posteriormente, organizados em grupos, assumiram o papel de profissionais dos diferentes departamentos, sendo responsáveis pelas decisões e pela implementação das suas propostas. 

Que perceções têm recolhido por parte dos estudantes relativamente à experiência no Hotel-Escola?

Os estudantes identificam esta experiência como particularmente desafiante e enriquecedora, uma vez que envolve dimensões que nem sempre são possíveis de explorar em aulas teóricas, como a experiência do cliente, a coerência entre conceito e serviço percebido, a gestão do tempo, do orçamento, o trabalho em equipa e a resolução de imprevistos. Alguns desafios apontados pelos estudantes relacionam-se com a conciliação das atividades com a carga horária da unidade curricular e com a viabilidade financeira do evento. Ainda assim, a perceção final é bastante positiva, sobretudo pela oportunidade de compreender como estes desafios são enfrentados na prática e como esta experiência contribui para a sua preparação para o mercado de trabalho.

Existem novidades neste ano letivo?

A principal novidade foi a forte preocupação com a dimensão operacional do hotel, com a criação de uma estrutura departamental clara e a simulação de uma inauguração pensada não apenas em termos académicos, mas sobretudo profissionais. Um exemplo disso foi o setor de receção, que não se limitou a apresentar o espaço, mas explicou detalhadamente as operações realizadas, bem como a forma como elementos como decoração, aroma e ambiente foram pensados para alinhar a experiência do hóspede com o conceito do hotel.

O Hotel-Escola tem impacto junto da comunidade ou do setor empresarial? De que forma essa ligação é feita?

Sim, o Hotel-Escola tem um impacto relevante tanto junto da comunidade académica como do setor profissional. Esta ligação é feita através da abertura do espaço a convidados externos, docentes, estudantes de outras áreas e, sempre que possível, profissionais do setor, que têm a oportunidade de conhecer o projeto, a metodologia de ensino e o trabalho desenvolvido pelos alunos. Além disso, o Hotel-Escola funciona como um laboratório de experimentação, aproximando o contexto académico da realidade empresarial e permitindo aos estudantes desenvolver competências alinhadas com as expectativas do mercado, o que fortalece a relação entre a formação académica e o setor da hotelaria.

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