Vivemos uma época natalícia diferente, que influencia tanto o nosso convívio presencial e habitual de comunidade como aquele que normalmente desenvolvemos no seio da nossa família.

Este será´, com certeza, um Natal diferente.

Mas podemos transforma´-lo também em algo positivo que nos acalente e de^ ânimo, pois embora se tenham de minimizar os contactos pessoais, podemos maximizar outros valores que devem estar sempre presentes nesta quadra: união, harmonia, solidariedade e partilha.

E´ assim importante reagir aos momentos difíceis, pois são eles que nos conseguem tornar mais fortes.

Neste Natal, que o espírito que dele emana renove as nossa forças e a esperança de melhores dias.

Como nota final, aproveitamos esta mensagem para agradecer a todos os colaboradores o empenho, dedicação e espírito de sacrifício com que têm atravessado este ano difícil, permitindo-nos cumprir rigorosamente a nossa missão e demonstrando, mais uma vez, que unidos conseguimos sempre fazer a diferença.

Uma palavra de gratidão também para os nossos alunos, que nos têm ajudado a ultrapassar as dificuldades de um momento crítico como este que é vivido pela Sociedade em geral, pois através do seu comportamento exemplar, cumprindo todas as regras sanitárias emanadas e assim minimizando riscos, têm facilitado a nossa ação de cumprimento da missão da UPT e simultaneamente salvaguardar a saúde de toda a nossa comunidade e respetivas famílias.

Com o desejo de muita saúde a toda a comunidade (colaboradores, alunos, ‘alumni’ e outros ‘stakeholders’), juntamos os votos de um Santo Natal e de um próximo ano repleto de felicidade.

Armando Jorge Carvalho

Presidente do Conselho de Administração

Nesta sessão, Carlos Brito, Vice-Reitor para a área da Investigação, abordou o tema da aceleração digital induzida pela pandemia da covid-19, identificando como impactos, ao nível dos negócios e das empresas, “as alterações do comportamento do consumidor, as mudanças nas cadeias de valor e na organização do trabalho e os problemas financeiros”.

Nesta crise de saúde pública, que originou uma crise económica, reconhece “atores potenciais perdedores - o setor aéreo, o turismo e o lazer, a construção e o imobiliário, o sistema financeiro, a educação e a energia - e potenciais vencedores - saúde, “e-commerce”, agricultura e retalho alimentar”.

No atual contexto socioeconómico, Carlos Brito observa a inevitabilidade da aceleração digital - “o digital estará em todo o lado” -, que potenciará “o comércio eletrónico, a ‘big data’, a inteligência artificial e o teletrabalho”.

Com base em estudos internacionais, antecipa: “No domínio da saúde as consultas online vão substituir as tradicionais consultas físicas até 2025; no imobiliário, as novas construções vão privilegiar os espaços de ‘coworking’; nos serviços financeiros, a integração da tecnologia aumentará a segurança para compras e transações até 2023; na indústria, a adoção da ‘supply chain 4.0’ até 2025; e as vendas online a retalho irão corresponder a um terço do total de vendas de 2020”.

Encara esta realidade como uma “oportunidade para acelerar a indústria 4.0, recentrar os esforços na mudança de expectativas do consumidor, utilizar a ‘big data’ e a inteligência artificial para melhorar a eficiência dos negócios e acelerar a transformação organizacional”. “Uma oportunidade para mudar”, sintetiza.

A residir em Londres, onde diariamente tem como missão proteger a empresa de Mark Zuckerberg de interações maliciosas, Rui Machado demonstrou como o Facebook está a trabalhar para ser uma plataforma, onde se integra o Instagram e o Whatsapp, de confiança para todos. Em todo o mundo, 2.7 biliões de pessoas estão ligadas ao Facebook, o que faz desta rede social a maior à escala global.

Rui Machado considera que as redes sociais mudaram o mundo e alteraram a nossa forma de interação, sobretudo com as instituições, nomeadamente com políticos e governantes. Evidencia o papel importante das redes sociais no confinamento provocado pela pandemia do novo coronavírus, que permitiu às pessoas estarem próximas e em permanente contacto.

Elencou os problemas com que se debate o Facebook e que estão associados à circulação de informação manipulada (“fake news”), à venda de produtos falsos, aos conteúdos abusivos, às agressões verbais e psicológicas (“bullying”) e até à saúde mental. “Esta não é uma realidade nova para a sociedade, estes problemas sempre existiram e as redes sociais apenas os aceleraram e amplificaram”, argumentou.

Nesse sentido, a empresa tem feito um investimento no desenvolvimento de algoritmos de classificação de texto para detetar infrações a três níveis: criação de páginas falsas para partilhar informação falsa ou fazer “bullying”, conteúdo pornográfico e interação não legítima.

Para Rui Machado, este último “é o problema mais complexo, porque o perfil do utilizador e conteúdo partilhado podem não cometer nenhuma infração, mas a interação pode ser ilegítima. Isto acontece, por exemplo, quando um homem de 64 anos interage com uma adolescente de 14 anos, influenciando-a a dizer e a fazer o que não quer”.

“Para nós a integridade é fundamental para garantir que as pessoas se sintam seguras e confortáveis no acesso à plataforma. Por isso, existem 750 pessoas espalhadas entre os Estados Unidos da América e a Europa que estão focadas em desenvolver sistemas específicos de engenharia e ferramentas que sejam capazes de assegurar que as políticas definidas pela empresa são respeitadas. Detetar conteúdo, contas e interações abusivas, oferecer um acesso seguro e simples às contas e ajudar as pessoas em quadros de ansiedade ou de algum tipo de stress mental são os nossos objetivos”, sustenta.

Rui Machado é licenciado em Tecnologias e Sistemas e Informação pela Universidade Portucalense. Anteriormente trabalhou na Nike como Gestor de Engenharia e na Jumia como Chefe de Business Intelligence e Big Data. É um dos fundadores da empresa ShopAl, que oferece um conjunto de recursos de pesquisa visual para empresas de “e-commerce”.

“Temos que considerar os doentes e não as doenças. Não interessa se um doente tem covid-19 ou outra doença igualmente grave que precisa de cuidados intensivos”, disse.

Considera que o atual “panorama permite salvar mais vidas”, apesar de ter um “grande impacto nos doentes tradicionais”. Revela que “entre janeiro e junho deste ano ficaram por fazer mais de 100 mil cirurgias, um milhão de consultas presenciais, 4,6 milhões de consultas presenciais nos cuidados de saúde primários e17 milhões de exames de diagnóstico complementares”.

Para o bastonário, Portugal está hoje mais bem preparado em relação à primeira vaga da pandemia, mas “a pressão continua a ser grande no Serviço Nacional de Saúde que está a deixar para trás doentes não-covid”, o que no entender “não teria que ser assim”, caso o sistema de saúde privado tivesse sido acionado para a transferência de doentes.

Elogiou o bom exemplo da Nova Zelândia no combate à pandemia e à liderança da chanceler alemã Angela Merkel que, na sua análise, “comunica de forma clara, concisa, e para todos os estratos sociais, não deixando dúvidas”.

Defende que deve haver um aumento do investimento no Serviço Nacional de Saúde: “É preciso contratar mais médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e engenheiros, que são um motor muito importante no que diz respeito aos desenvolvimentos tecnológicos do setor”.

De acordo com o estudo realizado junto de 113 estudantes do ensino superior, que se encontravam inscritos numa licenciatura ou mestrado integrado e que avaliou a saúde física e mental dos estudantes do ensino superior e a sua relação com o rendimento académico foi percetível que, quando os estudantes têm um desempenho académico mais baixo, existe uma maior propensão para a perceção de menor saúde física e mental.

“De facto, quando o estudante se depara com maus resultados tal pode produzir emoções negativas e atribuições cognitivas que, por conseguinte, se transformam em sintomas depressivos”, refere Patrícia Costa.

Contudo, o desempenho académico não se revelou como preditor significativo da perceção de saúde geral, quando analisado também o efeito preditor das diferentes estratégias para lidar com o sucesso e o fracasso. Os resultados obtidos sugerem a importância de sensibilizar as instituições universitárias e docentes para a importância de promover estratégias mais adaptativas para lidar com o sucesso e o fracasso, contribuindo, desta forma, para uma melhor saúde dos estudantes, para além do foco no desempenho académico.

“Quando o aluno atribui o sucesso à capacidade intelectual, o mesmo realizará um julgamento favorável de si, sentindo-se orgulhoso e competente para o futuro. Se conferir o fracasso à sua capacidade intelectual, poderá sentir vergonha, sentimento de incompetência, inclusive depressão, que pode manifestar-se futuramente, nomeadamente afetando a sua motivação e desempenho académico. O desempenho académico é um aspeto muito importante ao longo do percurso universitário, podendo ter impacto em diferentes áreas da vida do estudante”, adianta.

Dos resultados obtidos, ressalta que estudantes com posturas mais positivas de orgulho e felicidade, motivação no sucesso e no insucesso apresentam uma melhor perceção da saúde geral, menos limitações devido à saúde física e mais energia e menos cansaço, comparativamente aos estudantes que mencionam estratégias de ‘coping’ mais negativas de embaraço, tristeza, autodesvalorização, desistência, evitamento, narcisismo e indiferença perante o sucesso e o insucesso que revelam, por sua vez, uma menor perceção da sua saúde geral, maiores limitações devido à saúde física e maior cansaço e menos energia.

Aqueles que apresentam estratégias de ‘coping’ mais negativas face ao sucesso ou insucesso demonstram também menos bem-estar emocional e desistência na qualidade e quantidade de atividades a nível social.

Considerando a informação já existente e os resultados deste estudo a autora considera que “seria muito importante da parte das instituições universitárias criarem medidas no sentido de possibilitarem o apoio psicológico e psicopedagógico junto dos seus alunos, ao longo do seu percurso académico, no sentido do desenvolvimento de estratégias mais positivas e adaptativas para lidar com os resultados académicos.

A promoção da saúde física e mental junto dos estudantes universitários, através de programas de educação para a saúde, é deveras importante, assim como sensibilizá-los para o modo de lidar com o sucesso e o insucesso académico, alertando-os para o impacto que as estratégias de ‘coping’ negativas podem ter na saúde física e mental do indivíduo. Considera-se também importante trabalhar, com os docentes das instituições, estratégias de incentivo que possam implementar junto dos seus alunos com o objetivo de diminuir as suas reações negativas face ao insucesso académico”.

O grupo de animais suspensos, nomeadamente um peixe-dourado, um peixe pulmonado e uma ave aquática, modelados com espuma e cobertos com massas epóxi, apresentavam alguns danos, como pequenas lacunas na asa da ave aquática e na barbatana da dourada. O dano mais grave foi registado no peixe-pulmão que apresentava descolamento do corpo na nadadeira peitoral direita e fratura na nadadeira pélvica direita, bem como falhas na parte terminal do corpo, na cauda e lacunas graves nos elementos laterais do aparelho respiratório.

O objetivo da intervenção foi estabilizar fisicamente todas as peças, fechando e consolidando as fissuras, reposicionando os elementos fraturados e reconstituindo partes em falta, legitimadas com suporte fotográfico. O processo de restauração ocorreu no Museu.

O trabalho foi realizado por Yetong Zhang, estudante Erasmus+ ICM da Universidade Jinggangshan, em Ji'an, República Popular da China, que realizou esse estágio na Clínica de Conservação e Restauro e no Museu.

Comunica UPT: Quais as principais iniciativas previstas para este mandato?
Helena Sá: Ao longo deste ano teremos algumas competições para os nossos estudantes, desde “Moot Courts” a nível nacional, a provas de negociações para melhorar certas ‘skills’ importantes no mundo profissional. Estão previstos workshops, conferências e webinars em áreas do Direito que não são abordadas no plano de estudos da licenciatura em Direito. Temos previsto uma visita institucional a Bruxelas para os associados visitarem o Parlamento Europeu e uma “Winter ELSA Law School” com o tema “Law of the Sea and Connected Rights”, onde cerca de 26 estudantes de toda a Europa estudarão durante uma semana na nossa Universidade. Iremos também proporcionar estágios a nível internacional e nacional. Neste momento estamos em contacto com tribunais, sociedades de advogados e estabelecimentos prisionais para agendarmos visitas no segundo semestre.

Quais os principais objetivos para este mandato?
O principal objetivo para este mandato é a evolução dos nossos estudantes e associados. A promoção pela responsabilidade social é um dos objetivos. Pretendemos também alertar, combater os perigos e mudar pensamentos enraizados. Por fim, mas não menos importante, a elevação do nosso grupo local é um dos objetivos chave para este mandato. Queremos deixar a marca da nossa Associação na rede nacional para posteriormente adquirimos mais parcerias e, assim, conseguir proporcionar aos nossos estudantes vantagens e oportunidades que não estão ao alcance de todos.

De que modo as atividades da Elsa Portucalense são importantes no percurso académico dos estudantes de Direito?
As atividades que desenvolvemos são muito importantes, porque em conjunto com o Departamento de Direito pretendemos ser um complemento ao plano de estudos da Universidade. Um complemento nas mais variadas áreas de Direito, mas também na aquisição de ‘soft skills’. Acreditamos que assim os nossos estudantes chegarão ao mundo do trabalho com capacidades e formação que serão decisivas.

O IEcPBI prevê a criação de um modelo teórico que, combinado com a construção de um website de informação para o processo de internacionalização das empresas portuguesas, irá não só consciencializar os empresários sobre as potencialidades dessa estratégia, mas também orientá-los neste desafio.

“O que diferencia este estudo é o facto de ele se focar na perspetiva do empresário e na sua perceção sobre o processo de internacionalização da sua empresa”, explica Carla Lobo. “Hoje em dia é exigido às empresas um contínuo processo de inovação e de reestruturação das suas operações para que lhes seja possível responder aos requisitos da concorrência nacional e internacional”, acrescenta. Carla Lobo considera ainda que a transformação digital pode constituir uma “vantagem competitiva significativa para as empresas, induzindo uma alteração profunda e acelerada em relação a processos, atividades, competências e modelos”.

Ao longo destes dois anos de investigação (o projeto teve início em julho de 2018), Carla Lobo encontrou “empresários orgulhosos, no bom sentido, isto é, que têm orgulho no seu desempenho, nos sucessos que alcançam e que não se sentem inferiores aos empresários de outros países. São resistentes e reinventam-se”. [ver vídeo]

O IEcPBI é financiado pela FCT e POCI 2020 e estará concluído em 2021.

Comunica UPT: Qual o balanço que faz da sua adaptação à Universidade Portucalense?
Afonso Silva: Estou a gostar imenso desta nova fase da minha vida. A adaptação não foi difícil e decorreu tudo tal como esperava, tendo em conta os constrangimentos da pandemia

Destaca algum momento particular nesta estreia na vida académica?
Destaco, primeiro, pela positiva, a seriedade com que tudo é realizado, algo que me agrada bastante. Negativamente, sublinho o facto de, infelizmente, não haver praxe, e maior convívio e eventos, que se compreende devido às circunstâncias atuais.

Quais as principais surpresas e desafios que encontrou?
Sinceramente, não me surpreendi muito, apenas a quantidade de informação e bibliografia disponível física e virtualmente. Em termos de desafios, foi, no início, menos prático criar as primeiras relações e conexões entre colegas, dado que as máscaras, o distanciamento social e outros aspetos deste novo quotidiano atrapalham bastante a comunicação e a criação de amizades.

Levando em conta a experiência do primeiro semestre, traçou objetivos e mudanças para o segundo semestre?
Sim, agora que a fase de adaptação já se concluiu, pretendo focar-me mais ainda no estudo para melhorar os resultados.

Tem algum projeto académico que gostaria de abraçar durante a licenciatura, como por exemplo fazer uma experiência Erasmus?
Absolutamente! Neste primeiro ano não irei fazer, mas quero muito viver a experiência cultural de outros países com o programa Erasmus no segundo ou no terceiro ano da licenciatura, pelo menos. Gostaria, também, de integrar um núcleo de estudantes da universidade, futuramente.

Se tivesse a oportunidade de escolher a empresa e a área para um estágio, escolheria...
Estagiar numa grande empresa nacional, na área de Marketing.

No final da licenciatura, que desafios gostaria de abraçar?
Muito provavelmente, continuarei a minha vida académica ao frequentar um mestrado, pelo menos, na minha área. Mais tarde, pretendo, claramente, seguir uma carreira na área do Marketing ou da Gestão.

Joga futebol no SC Gondomar. O que lhe ensinou e ensina o futebol?
Jogo futebol desde os quatro anos. O futebol deu-me ao longo de todo este tempo imensas mais-valias, como ter uma postura de liderança, de resiliência e de nunca desistir.

Hobbies
Treinar e jogar futebol, ouvir música, estar com os amigos e jogar videojogos.

Um livro
“Invencível”, de Laura Hillenbrand, e “O Principezinho”, Antoine Saint-Exupéry.

Uma música
“Bohemian Rhapsody”, dos Queen.

Um filme
Destaco uma série televisiva: “Friends”.

Um lema de vida
O mais difícil é fazer o simples.

Uma pessoa
Cristiano Ronaldo, pela determinação, foco, liderança, coragem, humildade, persistência, e ser um exemplo para todos.

Uma marca
Embora nunca tenha possuído um único produto da marca, admiro a Apple pela história, a estética e o poder que tem na sociedade.