
Estivemos 10 dias em voluntariado na Alemanha, inicialmente pareceu-nos muito tempo mas chegámos à conclusão que voou. Foi uma experiência única e inexplicável, só quem esteve lá é que se apercebeu da missão em si, enriquecedora o suficiente para nos apercebermos de que se ajudarmos aos poucos, o mundo fica melhor. Termos tido contacto com pessoas de culturas completamente diferentes e o enfrentar determinados desafios, com garra, fez-nos crescer. Perante isto tudo, as pessoas que foram não são as pessoas que vieram… As pessoas que vieram, estão com mais força para enfrentar a vida tal como ela é crescendo bastante e, por isso, esperemos que seja um princípio de uma longa caminhada! Para finalizar, queremos dizer que nos sentimos gratos por esta grande oportunidade

…experiência maravilhosa a todos os níveis….adultos ou crianças, ficaram com um pouco de nós. Percebemos como aquela população vive,…os seus sonhos, ambições, preocupações, por 15 dias sentimo-nos moçambicanas. Conseguimos sentir a mais pura das felicidades, desde o sorriso das crianças quando brincávamos com elas,… quando as abraçávamos…quando lhes dávamos o nosso carinho e dedicação….Ficou um pouco de nós em todas as pessoas com quem contactamos e sem dúvida que connosco veio cada uma das pessoas com quem estivemos. Obrigado por esta experiência única e pelo crescimento pessoal que cada uma de nos sentiu nestes 15 dias.

…os laços criados entre voluntários, não voluntários e refugiados resultaram em relações únicas e inesquecíveis. Assim, não podemos ficar indiferentes a este problema mundial e temos de dar o nosso contributo para o solucionar. Aconselhamos a todos que tiverem oportunidade a terem este tipo de iniciativas

…vivemos num centro com cerca de 150 refugiados,… de todas as idades e das mais variadas
partes do mundo….são sobretudo, os momentos de partilha e diversão que mais nos vão deixar
saudade… Partimos com o sentimento de dever cumprido, que…deixou um impacto profundo na
instituição que nos acolheu. Para casa levamos, no coração, cada um deles….Levamos também,
o testemunho da realidade de um refugiado, na esperança de contribuirmos para uma
sociedade mais consciente e tolerante

Este verão, Juliana Rocha, estudante de Psicologia, participou num projeto de voluntariado internacional de inclusão de refugiados na aldeia alemã de Questzolsdorf, Leipzig, promovido pela Universidade Portucalense. Durante 12 dias, Juliana construiu com adolescentes refugiados da Síria e do Afeganistão um muro, um labirinto, fez jardinagem, guardou lenha para os dias de Inverno e ainda teve tempo para atividades radicais, como a escalada. À noite aproveitava para conviver à volta de uma fogueira. “Foi a melhor e mais enriquecedora experiência da minha vida. Senti que a guerra existe mesmo e que as crianças refugiadas têm apenas uma história de vida diferente da nossa. Percebi que não podemos mudar o mundo, mas conseguimos sempre fazer diferença na vida de alguém e essa alegria é a mais gratificante”, confidencia Juliana. “Este projeto mudou a minha vida, a minha visão do mundo, a minha forma de pensar, de viver e de agir. Dou hoje mais importância aos sentimentos, às pessoas e aos momentos”.

A estudante Inês Nascimento viajou até a Alemanha para ajudar na integração dos refugiados, no âmbito do projeto de voluntariado internacional promovido pela Universidade Portucalense. Inês ajudou na construção de um labirinto lúdico para as crianças de uma aldeia, criou um jardim e plantou árvores de fruto. Recorda “momentos bons e maus, alegres e tristes” e as surpreendentes histórias de vida. “Aprendi que a vida não é um ‘mar de rosas’, que há vidas piores do que imaginámos e, no entanto, essas pessoas não demonstram essa adversidade. São um exemplo. Aprendi ainda que podemos ajudar alguém e melhorar o mundo só com um abraço”. Inês considera que “quem gosta de voluntariado consegue sempre encontrar uma forma de ajudar – e não é difícil ajudar – às vezes, um pequeno gesto pode fazer a diferença”.